Por que ele é possessivo? A luz da psicanálise

Por: Rui Miguel Trindade dos Santos

Na psicanálise, a possessividade é frequentemente vista como uma resposta a medos e inseguranças profundas. Aqui estão alguns motivos detalhados que podem levar uma pessoa a ser possessiva:

1. Insegurança e Baixa Autoestima: Pessoas possessivas muitas vezes têm uma autoestima fragilizada e sentem-se inseguras sobre seu valor. Elas podem acreditar que não são dignas de amor ou respeito, o que as leva a tentar controlar o parceiro para evitar o abandono1.

2. Medo do Abandono: Esse medo pode ser originado de experiências passadas, como traumas de infância ou relacionamentos anteriores onde houve traição ou abandono. A possessividade surge como uma tentativa de evitar que essas experiências dolorosas se repitam2.

3. Necessidade de Controle: A possessividade pode ser uma forma de exercer controle sobre o outro, garantindo que ele ou ela permaneça ao seu lado. Isso pode ser uma maneira de lidar com a própria ansiedade e insegurança2.

4. Ciúmes Excessivos: O ciúme é um componente central da possessividade. Pessoas possessivas frequentemente sentem ciúmes desproporcionais, acreditando que qualquer interação do parceiro com outras pessoas representa uma ameaça ao relacionamento3.

5. Dinâmicas de Poder: Em alguns casos, a possessividade pode estar relacionada a uma necessidade de dominar e exercer poder sobre o parceiro. Isso pode ser influenciado por fatores culturais e sociais que valorizam o controle e a posse sobre o outro1.

6. Teoria do Apego: A forma como uma pessoa se relaciona com os outros pode ser influenciada por suas experiências de apego na infância. Pessoas com apego inseguro podem desenvolver comportamentos possessivos como uma forma de garantir a proximidade e a segurança emocional1.

Esses fatores podem se manifestar de várias maneiras, como vigilância constante, desconfiança, necessidade de atenção contínua e comportamentos controladores. É importante reconhecer esses sinais e buscar ajuda profissional para lidar com a possessividade de maneira saudável.

Por: Rui Miguel Trindade dos Santos